sábado, 27 de março de 2010

sexta-feira, 26 de março de 2010

Memória e Cinza

Em um momento em que o Brasil reivindica um papel protagônico na política e nas instituições internacionais que corresponda ao seu justo lugar no concerto das nações e a sua crescente relevância nas relações dos países dos vários continentes com este país-continente, e que, para tanto, se propõe a dialogar com todas elas, inclusive com aquelas que se opõem frontalmente à sua índole democrática no plano político, religioso e étnico, parece mais do que oportuno indagar o que pensa o mundo intelectual brasileiro de temas e chagas que estão na ordem do dia e obsedam os espíritos, ainda hoje, decorridos sessenta anos da Segunda Guerra Mundial, como é o Holocausto – o extermínio de milhões de seres humanos pela fúria assassina do nazifascismo। Esta é a atualidade do simpósio que Edelyn Schweidson organizou no Rio de Janeiro e que agora a editora Perspectiva publica sob o título de Memória e Cinzas। Não será exagero dizer que a palavra e o debate de professores, escritores, jornalistas e psicanalistas como Sergio Paulo Rouanet, Márcio Seligmann-Silva, Fabio Landa, Renato Lessa, Paulo Blank, Marylink Kupferberg, Eduardo Vidal, refletem a reação de uma camada formadora de opinião em nosso contexto, diante desses horrendos episódios que, como em tantas outras carnificinas assinaladas na história, marcaram a supostamente adiantadíssima, humaníssima e inteligentíssima era contemporânea. Ainda que não haja nenhuma pretensão de refletir uma unanimidade, e já dizia o velho sábio que toda unanimidade é burra, as análises aqui presentes sugerem, antes de mais nada, “que os filhotes infernais, pit bulls de um novo Holocausto, já deram início à sua temporada de caça”, como tão brilhantemente lembrou Sergio Paulo Rouanet. Mais que uma advertência, o que o leitor encontrará aqui serão as malhas finas de percepções que vão ao vivo dos fatos, dos processos e da memória do que foi a Schoá. Os oradores-ensaístas não se debruçam apenas, ao modo de Jó, sobre este passado inenarrável, mas atentam para o que permaneceu incandescente, sob as cinzas da insanidade devastadora em que seres humanos enjaularam, classificaram e exterminaram seus semelhantes, com a fúria fria de que nenhum animal seria capaz. Este é o percurso que vai das memórias às cinzas nestes textos em que, queremos crer, a voz do povo e, sem dúvida, do espírito brasileiros se fazem ouvir neste livro de levantamento, advertência e protesto.

segunda-feira, 22 de março de 2010

Cabral


domingo, 21 de março de 2010

Senhas concretas














Poetas provençais, John Cage, Tropicália, Tetê Espínola, Titãs, Adriana Calcanhoto... Os poetas paulistas sempre assumiram a porção musical do Concretismo. De Augusto e Cid Campos, a cantora Adriana Calcanhoto musicou no seu cd Maré (2008) o seguinte poema:

Sem saída

a estrada é muito comprida
o caminho é sem saída
curvas enganam o olhar
não posso ir mais adiante
não posso voltar atrás
levei toda a minha vida
nunca saí do lugar
.
.
- contra a organização sintática perspectivista, onde as palavras vêm sentar-se como "cadáveres em banquete", a poesia concreta opõe um novo sentido de estrutura, capaz de, no momento histórico, captar, sem desgaste ou regressão, o cerne da experiência humana poetizável.
.
(poesia concreta: um manifesto publicado originalmente na revista ad - arquitetura e decoração, são paulo, novembro/dezembro de 1956, n° 20)

sábado, 20 de março de 2010

UniRio


sexta-feira, 19 de março de 2010

teorias


quarta-feira, 17 de março de 2010

Rio


terça-feira, 16 de março de 2010

Livros

No site abaixo é possível fazer download de livros, basta fazer um cadastro.


http://www.culturaacademica.com.br/

domingo, 14 de março de 2010

Sobre o Amor e suas moradas

Aluisio Barros


A morada do Amor mudou-se
desta e daquela outra esquina,
anuncia-me um Anjo de rosto disforme,
mas com uma auréola incandescente,
marcando-lhe os volteios na neblina.

(Inútil procurá-lo em Berlim ou na Faixa de Gaza,
Belíndia, Budapesticida ou Madagascárie
ou ainda no diabo e que teu coração se parta,
grita uma voz sem rosto, sem sinal algum).

Da profecia das cem noites insones,
tantas vezes anunciada pela minha mãe,
livrai-me, meu Jesus Cristinho,
com suas chagas e cravos ainda cravados
pelos pecados que não me deixam
e pelos desejos que os meus olhos
vão arrastando atrás de mim,
mal o recinto da rua adentro,
para encontrar Amor nenhum.

- Em certos tempos, a solidão é farinha barata!

sexta-feira, 12 de março de 2010

Lançamento de livro


Clique no flyer para ampliar a leitura

sábado, 6 de março de 2010

Prosa Brasileira