domingo, 29 de novembro de 2009

Conexões

Nos dias 1 e 2 de dezembro, o Itaú Cultural, em parceira com o Fórum de Ciência e Cultura, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), reúne escritores e críticos para um debate sobre os caminhos da literatura brasileira। O encontro tem curadoria de Beatriz Resende, Flávio Carneiro e Manuel da Costa Pinto।Sob o tema Formas de Fingir: A Criação do Escritor Brasileiro Contemporâneo, a edição carioca do evento questiona a superexposição publica do escritor contemporâneo como personagem de festas literárias, blogs, twitters, prêmios, bienais e programas de TV, que deslocam o foco da invenção ficcional para a persona do autor. Em outras palavras, a grande questão é: Inventar um outro é de algum modo reinventar a si mesmo? Na mesma data, mas em horário distindo, o Fórum de Ciência e Cultura recebe também o II Conexões Itaú Cultural - Encontro Internacional de Literatura Brasileira। Confira a programação detalhada:


terça 1 de Dezembro


15h30 Criação Poética e Ficção da Inspiração ou O "Poeta Fingidor" de Fernando Pessoa É um Artífice que, Como Queria Valéry, "Transforma o Leitor em Inspirado"?com Frederico Barbosa, Marco Lucchesi e Micheliny Verunschk e mediação de Wilberth

17h30 Criação e Crítica Literária ou Existe Literatura sem Reflexão sobre os Processos Criativos Consagrados pela Tradição e pela Tradição da Ruptura?com Altair Martins, Heloisa Buarque de Hollanda e Ítalo Moriconi e mediação de Cláudia

19h30 Criação e Confissão ou Como a Ficção Transtorna a Noção de Documento, de Registro Biográfico e da Própria História da Literatura?com Ronaldo Correia de Brito e Silviano Santiago e mediação de Beatriz

quarta 2 de Dezembro

15h30 Criação e Narrativa ou Como o Enredo Ficcional Parte da Experiência Pessoal sem Deixar de se Afirmar como Ficção?com Adriana Lisboa, Marçal Aquino e Michel Laub e mediação de Flávio

17h30 Criação e Edição ou A Intervenção do Editor sobre o Manuscrito Altera o Estatuto do Autor?com Eduardo Coelho, Nelson de Oliveira e Paulo Roberto Pires e mediação de Manuel da Costa Pinto19h30 Criação, Leitura e Autoria ou Como o Escritor Identifica Tendências e Problemas com os quais Sintoniza sua Literatura?com Ana Paula Maia, Cristovão Tezza e Ferréz e mediação de Manuel da Costa

sábado, 28 de novembro de 2009

Poética









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CAPÍTULO IX


Pelo que atrás fica dito, é evidente que não compete ao poeta narrar exatamente o que aconteceu; mas sim o que poderia ter acontecido, o possível, segundo a verossimilhança ou a necessidade.

2. O historiador e o poeta não se distinguem um do outro, pelo fato de o primeiro escrever em prosa e o segundo em verso (pois, se a obra de Heródoto fora composta em verso, nem por isso deixaria de ser obra de história, figurando ou não o metro nela). Diferem entre si, porque um escreveu o que aconteceu e o outro o que poderia ter acontecido.

3. Por tal motivo a poesia é mais filosófica e de caráter mais elevado que a história, porque a poesia permanece no universal e a história estuda apenas o particular.

4. O universal é o que tal categoria de homens diz ou faz em determinadas circunstâncias, segundo o verossímil ou o necessário. Outra não é a finalidade da poesia, embora dê nomes particulares aos indivíduos; o particular é o que Alcibíades fez ou o que lhe aconteceu.

5. Quanto à comédia, os autores, depois de terem composto a fábula, apresentando nela atos verossímeis, atribuem-nos a personagens, dando-lhes nomes fantasiados, e não procedem como os poetas iâmbicos que se referem a personalidades existentes.

6. Na tragédia, os poetas podem recorrer a nomes de personagens que existiram, e por trabalharem com o possível, inspiram confiança. O que não aconteceu, não acreditamos imediatamente que seja possível; quanto aos fatos representados, não discutimos a possibilidade dos mesmos, pois, se tivessem sido impossíveis, não se teriam produzido.

7. Não obstante, nas tragédias um ou dois dos nomes são de personagens conhecidas, e os demais são forjados; em certas peças todos são fictícios, como no Anteu de Agatão, no qual fatos e personagens são inventados, e apesar disso não deixa de agradar.

8. Portanto não há obrigação de seguir à risca as fábulas tradicionais, donde foram extraídas as nossas tragédias. Seria ridículo proceder desse modo, uma vez que tais assuntos só são conhecidos por poucos, e mesmo assim causam prazer a todos.

9. De acordo com isto, é manifesto que a missão do poeta consiste mais em fabricar fábulas do que fazer versos, visto que ele é poeta pela imitação, e porque imita as ações.

10. Embora lhe aconteça apresentar fatos passados, nem por isso deixa de ser poeta, porque os fatos passados podem ter sido forjados pelo poeta, aparecendo como verossímeis ou possíveis.

11. Entre as fábulas e as ações simples, as episódicas não são as melhores; entendo por fábula episódica aquela em que a conexão dos episódios não é conforme nem à verossimilhança nem à necessidade.

12. Tais composições são devidas a maus poetas, por imperícia, e a bons poetas, por darem ouvido aos atores. Como destinam suas peças a concursos, estendem a fábula para além do que ela pode dar, e muitas vezes procedem assim em detrimento da seqüência dos fatos.

13. Como se trata, não só de imitar uma ação em seu conjunto, mas também de imitar fatos capazes de suscitar o terror e a compaixão, e estas emoções nascem principalmente,... (e mais ainda) quando os fatos se encadeiam contra nossa experiência,

14. pois desse modo provocam maior admiração do que sendo devidos ao acaso e à fortuna (com efeito, as circunstâncias provenientes da fortuna nos parecem tanto mais maravilhosas quanto mais nos dão a sensação de terem acontecido de propósito, como, por exemplo, a estátua de Mítis, em Argos, que em sua queda esmagou um espectador, que outro não era senão o culpado pela morte de Mítis),

15. daí resulta necessariamente tais fábulas serem mais belas.

Até domingo


quinta-feira, 26 de novembro de 2009

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Livros na Biblioteca Nacional



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C L na UFRJ





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segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Euclides na ABL




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Academia Brasileira de Letras e Petrobrás convidam para a exibição do filme A Paz é Dourada, de Noilton Nunes, inspirado na vida e obra de Euclides da Cunha।Academia Brasileira de Letras Terça-feira - 24 de novembro de 2009 - 18,30hs।Entrada franca.

sábado, 21 de novembro de 2009

Especialização- UFRJ / 2010

SABERES E PRÁTICAS NA EDUCAÇÃO BÁSICA

Cursos de Especialização com previsão para Março

1. Políticas Públicas e Projetos Socioculturais
em Espaços Escolares – 50 vagas
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2. Ensino de História – 30 vagas
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3. Alfabetização, Leitura e Escrita – 30 vagas
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4. Educação Física Escolar – 30 vagas
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5. Ensino de Geografia – 30 vagas
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6. Ensino de Língua Portuguesa – 30 vagas
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7. Ensino de Sociologia – 30 vagas
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Da inscrição: de 07 a 18 de dezembro de 2009, das 10h às 18h, na sala 230, da Faculdade de Educação, no Campus da Praia Vermelha, situado à Avenida Pasteur, nº 250, fundos (www।educacao.ufrj.br).

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Exercícios e Leituras

Caros alunos do Curso de História

Na próxima quarta-feira, dia 25/11, trabalharemos a Função Poética, tendo por base o post de 8 de novembro de 2009. Neste mesmo dia, receberei o texto escrito a partir de uma das Primeiras Palavras, do post de 30 de Outubro. Esses dois exercícios domiciliares contarão para a resposição das aulas.
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Leituras da Unidade I
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- Funções da Linguagem, de Samira Chalhub (Ed. Ática) - ensaio
- Quem Matou Vargas, de Carlos Heitor Cony (Ed. Planeta) - romance
- Calabar, de Chico Buarque de Hollanda (Ed. Civilização Brasileira) - peça de teatro

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Funções da Linguagem II

LEIA OS TEXTOS A SEGUIR E IDENTIFIQUE AS FUNÇÕES DE LINGUAGEM NELES PREDOMINANTES:


a) A Língua Portuguesa é falada em oito países dos seguintes continentes: África, América do Sul, Europa e Ásia. ____________________

b) Leia Paulo Freire – educador pernambucano cuja obra objetiva a consciência e transformação do real a partir do conhecimento. _____________________

c) O cientista Galileu nasceu na Itália em 1564. _________________

d) Aprecio muito o Art. 5o inc. X da Constituição Federal, segundo o qual “são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra, e a imagem das pessoas...”___________________

e) Muitas pessoas usam o do Gerúndio apenas como um pretexto. Vício de linguagem que simula formalidade e evita compromisso com a palavra dada, o uso excessivo do Gerúndio denota o artificialismo nas relações sociais._______________

f) "... com apenas um modo de pontuar, faço malabarismo de entonação, obrigo o respirar alheio a me acompanhar o texto” (Clarice Lispector, A Hora da Estrela) ____________

domingo, 8 de novembro de 2009

Funções da Linguagem

Função Poética

Seleção de textos: Nonato Gurgel



Figuras de Linguagem na MPB

01 – Longa é a arte/ Tão breve a vida

“Querida”, Tom Jobim

02 – ...a lição que o sol me traduz: viver da própria luz

“Luz”, Djavan

03 – Em parte a gente é arte / Em outra parte, técnica

“Acende o crepúsculo”, Marina Lima e Antonio Cicero

04 – Beleza são coisas acesas por dentro /
Tristezas são belezas apagadas pelo sofrimento

“Lágrimas Negras”, Jorge Mautner

05 – Lágrimas de chuva molham o vidro da janela.

“Lágrimas de Chuva”, Paula Toller

06 – Caía a tarde feito um viaduto

“O bêbado e o equilibrista”, João Bosco / Aldir Blanc

07 – Já não sonho / hoje faço / com o meu braço o meu viver

“Travessia”, Milton Nascimento / Fernando Brant

08 – A vida é amiga da arte.

“Força estranha”, Caetano Veloso

09 – A solidão agora é sólida, uma pedra ao sol.

“O homem velho”, Caetano Veloso

10 – Enquanto Freud explica as coisas /
O diabo fica dando os toques

“Rock do diabo”, Raul Seixas e Paulo Coelho

11 - ...eu queria ser civilizado como os animais.

“O progresso”, Erasmo e Roberto Carlos

12 – ...eu pensei que fosse Deus e que os mares
fossem meus como pensam os ingleses ...

“Embarcação”, Francis Hime e Chico Buarque

13 – Basta ser sincero e desejar profundo /
Você será capaz de sacudir o mundo.

“Tente outra vez”, Raul Seixas

14 – Eu entendo a noite como um oceano
que banha de sombra o mundo de sol

“Beira Mar”, Zé Ramalho

15 – ...nem se eu bebesse o mar
encheria o que eu tenho de fundo.

“Seduzir”, Djavan

16 – Eu sei que flores existiram, mas que não
resistiram a vendavais constantes

“Fera Ferida”, Erasmo e Roberto Carlos

17 –...e a lua furando nosso zinco
salpicava de estrelas nosso chão

“Chão de Estrelas”, Orestes Barbosa

18 – Adoro, sei lá por que,/ esse olhar / meio escudo /
que em vez de meu álcool forte/ pede água Perrier

“Água Perrier”, Adriana Calcanhoto e Antonio Cicero

19– ...pois paz sem voz / não é paz é medo

“Minha alma”, Rappa

20 - É meio-dia, é meia-noite, faz zumzum na testa /
Na janela, na fresta da telha...

“Mel”, Waly Salomão e Caetano Veloso

21 – Eu vou cuidar/ Do seu jardim/ Eu vou cuidar, ...
Eu cuidarei do seu jantar/ Do céu e do mar, e de você e de mim

"Os Cegos do Castelo", Nando Reis

22 – O papa é pop / o pop não poupa ninguém

“O papa é pop”, Humberto gessinger

23 – Drão o amor da gente é como um grão /
uma semente de ilusão tem que morrer pra germinar

“Drão”, Gilberto Gil

24 ... ...nosso caso é uma porta entreaberta.

“Grito de Alerta”, Gonzaguinha

25 – Quando se aprende a amar/ o mundo passa a ser seu.

“Maurício”, Renato Russo

26 – ...quando eu te vejo eu desejo o teu desejo

“Menino do Rio”, Caetano Veloso

27 – ...e todos os meus órgãos estão a clamar

“À flor da pele”, Chico Buarque

28 – Dorme o sol à flor do Chico meio dia

“O ciúme”, Caetano Veloso

29 – ...porque meu coração é uma ilha a centenas de milhas daqui

“A ilha”, Djavan

30 – Avião sem asa... sou eu assim sem você/
...nem mil auto-falantes vão poder falar por mim...
...o relógio tá de mal comigo

Cacá Moraes

31 – ... são dez fiinho, é muito pouco, é quase nada

“Boiadeiro”, Luiz Gonzaga


32 – ...devolva o Neruda que você me tomou e nunca leu

“Trocando em miúdos”, Francis Hime e Chico Buarque

33 – ...tira o verde desses zói de riba deu

“Kalu”, Humberto Teixeira

34 – Copacabana esta semana o mar sou eu

“Paralelas”, Belchior

35 – O mesmo pé que dança o samba se for preciso vai à guerra

“Viola enluarada”, Marcos Vale e Paulo S. Vale

36 – E pela paz derradeira
que enfim vai nos redimir /Deus lhe pague

“Construção”, Chico Buarque

37 – ... a lua tal qual a dona do bordel /
pedia a cada estrela fria um brilho de aluguel

João Bosco & Aldir Blanc

38 - Uma parte de mim é todo mundo...

(“Traduzir-se”, Fagner e Ferreira Gullar)

39 – ...acho que a chuva ajuda a gente a se ver

“Chuva, suor e cerveja”, Caetano Veloso

40 – Se a gente falasse menos, talvez compreendesse mais

"Congênito", Luis Melodia

41 – ...quero viver mais duzentos anos,
quero não ferir meu semelhante nem por isso quero me ferir

“O sal da Terra”, Beto Guedes

42 - Quaquaraquaquá, quem riu / Quaquaraquaquá, fui eu

“Vou deitar e rolar”, Baden Powell & Paulo César Pinheiro

43 – Quem duvida da vida tem culpa/
Quem evita a dúvida também tem

“Somos quem podemos ser”, Humberto Gessinger

44 – Por que você é Flamengo e meu pai Botafogo?

“Oito anos”, Paula Toller

45 - É bom te encontrar, quem sabe, feliz, /
Com a mesma alegria / De novo...

“Coisas do Brasil”, Guilherme Arantes

46 - Há palavras, existem letras
Mas você não forma / as frases loucas que cultiva por aí

"Meu ego", Roberto e Erasmo Carlos

47 - Onde queres família sou maluco /
E onde queres romântico, burguês
Onde queres Leblon sou Pernambuco /
E onde queres eunuco, garanhão

“O quereres”, Caetano Veloso

48 - Eu queria insistir
Mas o caminho só existe
Quando você passa...

"Acima do Sol", Chico Amaral / Samuel Rosa

49 - Estranho é gostar tanto do seu all star azul
Estranho é pensar que o bairro das laranjeiras
Satisfeito sorri quando chego ali e entro no elevador

"All Star", Nando Reis

50 - Pois o que pesa no norte, pela lei da gravidade,
disso Newton já sabia! Cai no sul grande cidade
São Paulo violento, Corre o rio que me engana...
Copacabana, zona norte
e os cabares da Lapa onde eu morei

"Fotografia 3 x 4", Belchior

sábado, 7 de novembro de 2009

Teoria e Prática do Texto

Conteúdo Programático de Pedagogia


UNIDADE I – O Texto Literário
GÊNEROS: a crônica, o romance e o conto

1. Funções da Linguagem
2. A Linguagem Literária
3. Elementos da Estrutura Narrativa
4. O Ponto de Vista da Narrativa
5. Narração, Ficção e História

CRÔNICAS: Elenco de Cronistas Modernos
ROMANCE: A Hora da Estrela, de Clarice Lispector
CONTO: Morangos Mofados, de Caio Fernando Abreu
FILME: Sociedade dos Poetas Mortos, de Peter Weir -
VÍDEO: A Paixão Segundo C. L.


UNIDADE II – O Texto Científico
GÊNEROS: o resumo, a resenha, o ensaio e a monografia

1. A Linguagem Acadêmica
2. A Pessoa do Discurso
3. A Estruturação do texto
4. As Estratégias Argumentativas
5. O uso da citação no texto e na bibliografia

RESENHAS
- “Que leitor é este?”, de Maria Isabel Pires
-“Escritos para todas as áreas...”, de Nonato Gurgel
ENSAIOS:
- A Identidade Cultural na Pós-Modernidade, de Stuart Hall
-A Aula, de Roland Barthes
CINEMA:
- O Leitor, de Stephen Daldry


UNIDADE III – O Texto Midiático
GÊNEROS: o editorial, a entrevista e a notícia

1. Linguagem Verbal e Não-Verbal
2. Linguagem e Ideologia (o mito da imparcialidade)
3. O Fenômeno da Polifonia e a Intertextualidade
4. Coesão e Coerência Textuais
5. Adequação Lingüística

PERIÓDICOS:
O Globo, JB, Folha de São Paulo, Veja e Revista História
TEXTO:
“Mídia, Preconceito e Revolução”, de Marcos Bagno
CINEMA: Filme de Silvio Tendler
Encontro com Milton Santos ou O Mundo Globalizado...
BLOG: Nova Letra - http://novaletra.blogspot.com/