domingo, 10 de janeiro de 2010

Teoria e Produção do Texto I

O destruidor fogo do saber
Vinícius Pena e Silva

.
Em “A música das esferas” (Revista Esfinge, pag. 44) fala-se na presença da harmonia da música em todas as formas do universo. Para alguns pensadores, a música possuiria uma forma organizada e equilibrada. O universo seria exatamente a mesma coisa que a música, ou ainda, seria composto por ela, originando-se daí a idéia de um universo harmônico.

Assim como o universo, tudo o que nele se encontra respeitaria a mesma norma. Os animais, as plantas, a natureza, tudo. Tudo seria harmônico e naturalmente equilibrado.

Fazendo parte, o homem, do universo, este também seria harmônico em sua natureza. Mas, como diz o mito de Prometeu e Epitemeteu, o homem recebeu sabedoria e fogo para que possuísse dons tão harmônicos quanto dos demais animais e assim não ser diferente e não quebrar a harmonia da natureza.

No entanto, o homem tornou-se diferente de todos os outros seres, exatamente pelos dons que recebeu. O homem passou a possuir a mesma capacidade dos deuses, ou seja, a criar e destruir a harmonia do universo com seu fogo e seu saber.

Provavelmente, o homem, ainda hoje, destrói mais do que é capaz de construir, no que diz respeito à harmonia. Porém talvez isso seja um reflexo da necessidade do homem de trabalhar sua própria harmonia interior. O homem precisa compor a musica que o compõe, para que ele tenha o poder de harmonizar o mundo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário